Olá, tudo bem?
No último domingo, 07 de outubro, ocorreram as eleições estaduais e federais. Para além dos resultados, os números mostram que esta eleição foi diferente de todas as outras.
Mulheres mais representadas (nem tanto)
Apesar do número de mulheres eleitas para o Senado ter sido o mesmo da última eleição – sete – com os mesmos parâmetros (troca de 2/3 do Senado), na Câmara dos Deputados houve um aumento de 51 %. Em 2014 foram eleitas 51 mulheres, e agora 77. Ainda é um número extremamente baixo. Além disso, as mulheres brasileiras estão bem longe de serem representadas. Por exemplo: para o Senado 3 Estados (AC, BA, TO) não tiveram candidatas; em 17 outros Estados nenhuma mulher foi eleita. As 7 mulheres eleitas para o Senado se concentram em apenas 7 Estados: Distrito Federal; Maranhão; Mato Grosso; Mato Grosso do Sul; Paraíba; Rio Grande do Norte; São Paulo.
Abstenção
Segundo o TSE, cerca de 30 milhões de eleitores não compareceram às urnas. Dos Estados, mais o Distrito Federal, Mato Grosso aparece com o maior índice de abstenção, com 24,6%. Isso significa que 1 em cada 4 eleitores aptos não foram votar. Já Roraima foi o Estado que apresentou o menor número de abstenções: 13,9%. Sendo o segundo maior colégio eleitoral, São Paulo teve quase 870 mil ausências, um número muito alto. Além do descontentamento com os candidatos, o TSE acredita que a desconfiança com relação à segurança das urnas eletrônicas está entre os principais fatores para o alto número de abstenções no país.
Brancos e Nulos
No total, 10,3 milhões de eleitores votaram em Branco ou anularam seu voto, número equivalente a 8,8% do total. Pernambuco foi o Estado com o maior percentual de votos branco/nulo: 12,4% de todos os eleitores do Estado. Se a abstinência pode ter como causa a desconfiança com relação à urna eletrônica, os votos branco/nulo significam o descontentamento com a política nacional, com os candidatos e com os rumos do país. Por não se verem representados por nenhum candidato, muitos eleitores fizeram questão de votar e anular o voto.
Uma pequena amostra da desigualdade
Um dos muitos motivos de desmotivação dos eleitores, e minha também, pode ser vista no quadro abaixo que mostra os ganhos de um Senador da República. A fonte é o site G1 e faz referência ao início de 2018.
Enquanto que o trabalhador médio precisa sobreviver com pouco menos de R$ 1.000,00. E as pessoas ainda ficam discutindo se vamos virar uma Venezuela ou uma Ditadura Militar…. Desanimador.
Como gosto de dizer, o Brasil está na vanguarda do retrocesso.
Até a próxima!
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10,3 milhões de eleitores votaram em Branco ou anularam seu voto. ESSE NÚMERO ESTÁ MUITO ABAIXO DO QUE REALMENTE DEVERIA SER; JÁ QUE A MAIORIA É DE “POBRES” NESTE PAÍS! REFERINDO-ME, POR EXEMPLO, AOS “VENCIMENTOS” DOS SENADORES!!!
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Também achei que os votos branco e nulo seriam maiores. Infelizmente o brasileiro está passando por um sério problema de identificação política e de si próprio.
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Vergonha… os salários dos políticos…
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A remuneração e o que se gasta com os parlamentares no Brasil é mesmo uma vergonha. Sem falar nos benefícios, alguns até sem necessidade.
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O por de tudo é a falta de vontade na população de conhecer esse lado e brigar por isso. Só vemos a discussão sobre armas, sobre homofobia, racismo, etc., que são importantes, mas que tornam as informações sobre esse absurdo das remunerações parlamentares nubladas e pouco visíveis.
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Pior que esta discussão tupiniquim sobre o que ‘seremos’ , são os ataques violentos de pessoas diríamos… ‘sabe nada inocente’..
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É verdade!
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