This is Us (2016)

Olá gente, tudo bem?

Hoje, falarei de uma série que está em sua segunda temporada e já com data de estreia para a terceira: This is Us!

Minha gente, como é difícil falar dessa série… kkk

É difícil porque a gente se conecta tão rápido com a história e personagens que nem dá tempo de assimilar muito bem os sentimentos que a gente tem quando assiste.

A história acompanha a vida de diversos personagens, todos nascidos no mesmo dia. Entre eles, Jack (Milo Ventimiglia) marido de Rebecca (Mandy Moore), que está grávida de trigêmeos; Kevin (Justin Hartley), um bem sucedido ator de televisão que começa a se cansar de sua vida de solteiro. Kevin é o irmão gêmeo de Kate (Chrissy Metz), uma mulher que luta contra o peso.

A trama também acompanha a vida de Randall (Sterling K. Brown), um empresário e homem de família que vive em Nova Iorque ao lado de sua esposa Beth (Susan Kelechi) e suas duas filhas.

Quando assisti o Piloto, pensei: rapaz, vai ser uma série parecida com Sense8, pois logo de cara, tem a seguinte frase: “O ser humano compartilha seu aniversário com mais de 18 milhões de pessoas. Não há evidência de que compartilhar o mesmo aniversário crie algum tipo de link comportamental entre essas pessoas.”

E então, conhecemos 4 personagens, que, aparentemente, estão ligados por fazerem aniversário no mesmo dia… Saca só o trailer:

Os 4 personagens passam por momentos distintos, onde cada um deles precisa lidar com algo: Kevin percebe que está cada dia mais velho e por isso, pretende largar a carreira de ator de comédia para procurar algum projeto onde ele possa ser levado a sério; Jack e sua esposa Rebecca precisam se adaptar à chegada dos 3 filhos em sua vida; Randall, após muitos anos, decide procurar seu pai biológico; E Kate, uma mulher obesa, tenta lidar com o excesso de peso e com a busca pela autoestima.

Até aí, beleza, temos os 4 personagens, cada um vivendo sua vida, ninguém se conhece… Então, nos últimos minutos do piloto, temos uma grande revelação que muda todo o rumo da história. E eu fiquei encantada e chocada quando vi, sério gente. Hahaha

Vou ter que soltar um spoilerzinho, se não, o texto não fará muito sentido…

A grande surpresa que aparece no episódio inicial é que Jack e Rebecca são, na verdade, os pais de Kate e Kevin, e adotaram o pequeno Randall, depois que ele foi abandonado pelo pai.

Os episódios que temos após o piloto, seguem uma sequência de eventos interconectados entre as várias fases da família Pearson. Não tem uma ordem cronológica sendo fielmente seguida, temos apenas flashbacks de momentos antes e durante o casamento de Jack e Rebecca e o nascimento e crescimento dos filhos, apelidados carinhosamente pelo pai como “Big Three“, misturados com o tempo presente, com os 3 como adultos lidando com seus próprios problemas pessoais escorados nos exemplos de seus pais.

A segunda temporada não foge muito desse formato, mas é muito mais triste e angustiante do que a primeira, mesmo tendo seus momentos de comédia.

O mais legal da série é como a gente se conecta com os personagens logo no começo. Já vou falar sobre o meu personagem favorito: Jack. Gente, é HUMANAMENTE IMPOSSÍVEL assistir essa série sem se apaixonar por ele. O cara que pegou o limão mais azedo que a vida lhe ofereceu e transformou em algo parecido com limonada, é um paizão, marido incrivelmente apaixonado pela esposa mesmo depois de anos juntos, e faz de tudo por sua família. Jack é a voz da razão, a voz que acalma e que traz os filhos para si.

Mesmo com todos os seus demônios internos, a relação extremamente conturbada com o pai, alguns segredos sobre sua família, e um vício sério que ele enfrenta, ele consegue ser a pessoa mais foda do mundo. A gente já sabe o que acontece com ele, mas é tão dolorido que eu nem consigo falar. Aliás, passei uns bons dias chorando depois dos últimos episódios da segunda temporada. Haha

Ainda falando sobre os Pearsons, temos Rebecca. A mãe que é a “vilã”, tem um relacionamento complicado com os filhos Kate e Kevin, por achar que Randall precisava de mais atenção. Na verdade, a Rebecca também fazia de tudo pela família (não tanto quanto Jack), mas depois do que aconteceu com ele, ela precisava ser a força. Sofreu várias perdas, se sentiu machucada, mas estava lá, pois sabia que os filhos precisavam dela.

E, claro, enxergava o Jack como o homem perfeito que ele era, mesmo sabendo de todos os defeitos dele. Ela sabe que cometeu alguns erros no passado e tenta a todo custo, consertar o que ficou pendente, para ter uma vida mais feliz com seus filhos.

Randall é o filho modelo, o mais bem sucedido, com uma família linda e sempre focado em seus objetivos. Quando sua vida vira de ponta cabeça, ele começa a ficar meio desligado, querendo aproveitar mais as coisas que ele julga ter deixado de lado no passado. Ele vê em Jack o modelo perfeito de pai e tenta seguir a risca esse modelo para com suas filhas. As vezes ele exagera um pouco, mas consegue.

Logo na primeira temporada, nós vemos os efeitos que o seu passado o causou, mas ele sempre tenta passar por cima disso, carregando tudo para si. Sua esposa Beth o ajuda nisso e eles tem quase o mesmo tipo de relação que Jack e Rebecca. Muito lindos! ❤

Kate é uma mulher obesa, com problemas de auto estima e que vive a sombra do irmão, Kevin. Quando ela conhece Toby, porém, tudo muda da noite para o dia. Ele a mostra que ela é muito mais do que a aparência e tenta conquistá-la. Consegue, e eles formam um dos casais mais ‘amorzinho’ da série.

Ela foi a que mais sentiu o baque do que aconteceu com seu pai e sempre teve um relacionamento difícil com a mãe, por isso os problemas com o peso. Mas com a ajuda de Toby, das reuniões de Vigilantes do Peso, da sua conexão com a música e da sua vontade de mudar, ela vai conseguindo aos poucos, ter uma vida saudável e espantar os fantasmas que a rondam.

Já Kevin, quando assisti as suas fases de criança e adolescente, eu só pensava: rapaz, que guri bem chato, pelo amor de Deus. Mas na fase dele adulta, percebemos os motivos que o levaram a fazer aquilo na infância. Ele é, de longe, o que mais tem problemas quando adulto. Levava uma vida vazia, fazendo uma comédia besta, onde não era levado a sério como ator (carreira essa que não estava em seus planos, mas foi o que ele conseguiu fazer depois do que aconteceu em sua adolescência), até que um dia, ele finalmente percebeu que não dava mais para continuar daquele jeito.

E foi aí que ele começou a enfrentar seus demônios internos e evoluiu muito, tanto como pessoa quanto em sua carreira. De todos os personagens depois do Jack, ele é o que tem a melhor história e quando ele faz as reviravoltas acontecerem, a gente percebe o quão foda ele é.

A série conta, ainda, com personagens secundários que tem histórias tão incríveis quanto os principais: Beth, a esposa de Randall; Toby, namorado da Kate; o pai biológico do Randall… Enfim, eles são personagens que contribuem muito para a história como um todo. Na verdade, a história da Beth e do Toby antes de Randall e Kate ainda não nos foi muito contada, mas eu li em algum lugar que a terceira temporada vai trazer isso. Vamos aguardar. Haha

Uma coisa que eu adoro na série, além dos personagens e por abordar diversas temáticas presentes em nosso cotidiano, é a representatividade que ela possui. É isso que mais nos faz querer assistir: o quanto ela se parece com a vida real, visto que, ela segue todos os passos da família Pearson. E cara, me impactou de uma forma tão intensa que eu nem consigo explicar. Eles sabem dosar drama, comédia e tensão de um jeito tão único, que o mesmo episódio pode nos fazer sorrir e chorar ao mesmo tempo.

Mais um ponto a destacar é a trilha sonora. A Mandy Moore e a Chrissy Metz cantam algumas músicas em alguns episódios e é uma coisa muito linda de se ver. E a trilha sonora fecha tão bem com os acontecimentos que tu acabas se emocionando mais ainda.

Deixarei a playlist do Spotify,, caso vocês queiram ouvir. Recomendo. ❤

This Is Us teve 11 indicações ao Emmy Awards 2017, e levou dois prêmios: o de melhor ator convidado em série de drama para Gerald McRaney e o de melhor ator em série de drama para Sterling K. Brown.

Neste ano, a série também conta com algumas indicações, mas foi esquecida em outras categorias.

Enfim, só tenho uma coisa a dizer, para resumir e finalizar esse post: assistam essa série incrível, vocês com certeza vão se deixar levar por ela e começar a perceber que as pequenas coisas, os mínimos detalhes, fazem toda a diferença. E que, mesmo sendo ficção, essa série nos mostra a vida e como cada acontecimento nos molda para o futuro.

“Eu te amo tanto quanto um coração humano pode amar.” ❤