Olá, tudo bem?
Em meio a tantos escândalos de corrupção e desvio de dinheiro, como se isso não fosse o suficiente, os parlamentares querem criminalizar o aborto legal.
A PEC (Proposta de Emenda Constitucional) nº 181 inicialmente versava sobre os direitos trabalhistas para mães de filhos prematuros, porém, deputados da bancada evangélica inseriram no texto a criminalização do aborto legal, que no Brasil é permitido em casos de estupro, risco à vida da mãe e feto anencéfalo. Com 18 votos contra 1, a comissão aprovou o texto, que segue para uma próxima discussão, prevista para o dia 21 de novembro. Dessa forma, um texto que inicialmente aumentaria os direitos das mulheres está sendo transformado em uma lei que, na verdade, restringe os direitos.
Vale ressaltar que a lei em vigor permite que a mulher decida, ou seja, ela abre uma exceção para que a mulher possa escolher pelo aborto e seja amparada pelo Sistema Único de Saúde. Retirar essa possibilidade não eliminará o aborto no Brasil, só aumentará o número de mortes entre as mulheres. No Brasil, o aborto clandestino é uma das principais causas de morte materna. Segundo o Ministério da Saúde, em 2016, 4 mulheres morreram por dia vítimas das complicações do aborto, com um total de 124 mil internações por consequências da interrupção da gravidez.
Proibir não diminuirá os abortos ilegais, muito pelo contrário!
O que é realmente assustador é que membros da bancada evangélica se auto intitulam defensores da vida. A simples ideia de retirar esse direito das mulheres já soa controverso. Colocar esse pensamento em prática, alegando motivos religiosos então, é medieval. Um país que caminha de mãos dadas com a impunidade, que observa atônito a corrupção nos mais altos escalões da política, que sofre com o descaso nos serviços públicos, vê como um simples espectador decisões legislativas controversas, para não dizer absurdas.
A vítima de um crime hediondo como o estupro precisa manter o seu direito de abortar. Essa não é uma questão de vida ou morte, esse assunto não pode ser resumido a uma discussão se é permitido a uma pessoa tirar a vida de outra. O espectro é maior. É uma vida gerada de uma violência sem tamanho. Proibir o aborto legal nesses casos é sentenciar uma criança, que não tem culpa de nada, a uma vida de desprezo profundo, isso se ela chegar a nascer…
Setores conservadores da sociedade, como a Igreja, preconizam essas diretrizes baseadas em uma sociedade que não existe mais. Se na Idade Média a mulher era só para “procriar”, hoje não mais. É um absurdo. E manifesto aqui a minha posição contra essa ou qualquer outra medida política para diminuir direitos ou cercear as liberdades individuais.
Leis baseadas em religião. Se nem o Estado é laico, que dirá o ventre de uma mulher…
Até a próxima!
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Fonte: Globo
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O Brasil está trilhando o retrocesso total.
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Mesmo que a lei não passe, pensar em algo assim já configura um enorme retrocesso.
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Segundo o gordinho Rodrigo Maia, isso não passa… Acho que as pessoas estão anestesiadas, é hora de voltar às ruas. É hora de aprender a votar. É hora de não reeleger políticos suspeitos, condenados e fichas-sujas. Afinal, se estão lá é porque alguém votou neles.
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Concordo com você.
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