Olá gente, tudo bem?
Hoje, falarei de uma série maravilhosa, que merece ser exaltada: The Handmaid’s Tale!
Num futuro distópico, os Estados Unidos não se chamam mais Estados Unidos. Agora, o país é a República de Gileade, governada por um regime totalitário e teocrático em meio a uma guerra civil, no qual a religião domina tudo.
Nesse novo sistema, as mulheres são propriedade do Estado, não têm direitos e são divididas em castas – mulheres férteis, raras nessa realidade, pertencem ao grupo das aias e têm apenas uma função: procriar para famílias de homens poderosos e suas esposas estéreis. O processo no qual as aias são estupradas pelos comandantes é chamado de “cerimônia”.
Gente, essa série é maravilhosa em todos os sentidos. Começando pela história, que foi retirada do livro de mesmo nome – que é contada por Offred. Nós temos uma perspectiva imensa de como as mulheres são oprimidas, a começar pelo próprio nome dela: Offred, que quer dizer “Of Fred“, ou seja, “de Fred”; ela pertence apenas a ele, seu mestre, comandante. Mas antes de ser Offred, ela tinha uma família, uma filha, um nome… Uma vida.
A série vai alternando o passado e o futuro, mostrando a vida de Offred e das outras mulheres antes de tudo acontecer. As mudanças começam pequenas, aparentemente inofensivas, e depois acabam tomando proporções absurdas, resultando nessa nova realidade. As mulheres começam a perder sua independência, seus direitos e tudo que havia sido conquistado até ali.
E se elas quebrassem as regras estabelecidas, eram duramente punidas. Algumas não aguentam, tentam fugir, etc. Mas a vida não é muito favorável para elas.
Uma coisa da série que é muito presente, são as várias problemáticas retratadas: fanatismo religioso, o machismo, a sororidade feminina… É como se cada episódio fosse um soco no estômago.
Um dos pontos principais que eu achei interessante é que o discurso religioso mal fundamentado só convém quando é necessário, ou seja, embora o patriarcado pregue a boa conduta e bons princípios diante da sociedade, por debaixo dos panos, a história muda completamente. E isso nós vemos muito na sociedade hoje…
A gente se envolve no drama da Offred, especialmente por conta da belíssima atuação da Elisabeth Moss. Eu vi em uma página no Facebook, a Dias de Cinefilia, que a Elisabeth decorou todas as falas da narração da personagem. Até aí tudo bem, afinal, decorar textos é uma coisa básica para qualquer ator, inclusive a própria atriz falou isso. Mas, ela foi mais audaciosa do que isso: ela decorou também o tempo em que ela levou para dizer cada frase na narração, para que a expressão facial dela em cena pudesse sempre acompanhar a duração da fala.
Quem revelou isso foi Bruce Miller, criador da série, que notou a técnica quando uniu a narração a um close-up de Elisabeth sentada, sozinha. Nós vemos que a narração é trágica e sarcástica, mostrando exatamente o que se passa na cabeça de Offred. Incrível né?
Enfim, a série é muito, muito, muito boa. É como se eu sentisse raiva, agonia, solidão, tristeza, revolta, pseudo-felicidade, tudo, tudo que a Offred sente e passa em cada episódio.
Vale muito a pena mergulhar na história das aias, vendo seus dramas e torcendo para que algo dê certo para elas. Estou extremamente ansiosa pela segunda temporada, e espero que seja tão incrível quanto a primeira.
Espero que vocês tenham gostado!
Um grande beijo e até a próxima semana. ❤
Estou doida para assistir mas pesquisei aqui e não tem no catálogo da Netflix BR 😦
Elisabeth Moss cada vez melhor em seus trabalhos, adoro essa atriz.
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Ah, ainda não saiu na Netflix mesmo, mas vale a pena baixar. E sim, ela foi incrível nessa primeira temporada. Amei! ❤
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