Olá, tudo bem?
Hoje trago a vocês um filme denso e ao mesmo tempo leve: O Escafandro e a Borboleta.
Este filme franco-americano retrata a vida de Jean Dominique Balby, conhecido como JeanDo, renomado redator da revista Elle. Um típico bon-vivant: famoso, rico, mulherengo, cínico e imperturbável, Jean Dominique é dono de seu futuro. Dá pouca atenção à ex-mulher e aos três filhos e vive uma vida de glamour e de liberdade.
Mas todo o seu mundo se transforma quando sofre um acidente vascular cerebral aos 43 anos. E após ficar 20 dias em coma JeanDo acorda e descobre que ficou preso ao seu corpo, na rara síndrome do encarceramento, onde as faculdades mentais ficam intactas, mas o corpo do paciente fica completamente paralisado. A única parte do corpo dele que se movimenta é o olho esquerdo, e é através de um simples piscar de olho que JeanDo passa a se comunicar.
O filme tem algumas passagens típica do cinema francês: longas tomadas sem movimento, apenas com o personagem parado contemplando alguma paisagem. Mas estas são adequadas ao roteiro, fazendo com que um momento simples, como JeanDo olhando para um farol, tenha uma beleza estonteante. Outro traço do filme muito interessante é que como Jean Dominique ficou apenas com o movimento do olho esquerdo, a câmera por diversas vezes fica apenas com esse ângulo, e o espectador realmente se sente na pele do personagem.
Uma fonoaudióloga desenvolve um método de conversa que faz com que JeanDo consiga finalmente escrever um livro (que aliás é a base desse filme), e as passagens dele com sua ex-esposa e com seus três filhos são emocionantes. A história é triste, mas ao mesmo tempo de uma sutileza e de uma lição de vida única. Qual é o sentido que damos para nossas vidas? Qual é a importância que damos às pequenas coisas do dia-a-dia? Qual é a importância que damos à nossa família?
Um filme maravilhoso e que vale cada minuto. Ele certamente ficará remoendo na sua cabeça por um bom tempo.
Já viu o filme? Deixe suas impressões nos comentários.
Até a próxima!
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Quando eu vi o título eu pensei… não acredito! Esse filme é fantástico, carregado de uma temática psicológica e humana fortíssimos. Parabéns
Adorei a resenha
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É um filme muito bom mesmo.
Obrigado 🙂
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