Olá, tudo bem?
Na última quarta feira o presidente americano Donald Trump assinou uma ordem executiva para iniciar a construção de um muro na fronteira com o México. Essa é uma das principais e mais polêmicas promessas de campanha do republicano.
Além da polêmica com a própria construção, Trump ainda afirmou que são os americanos que pagarão inicialmente pela construção, mas que taxará pesadamente produtos mexicanos para que os vizinhos pagem pela conta.
A repercussão do caso foi enorme. A ponto do presidente mexicano Enrique Peña Nieto declarar em um vídeo no Twitter: “O México não acredita nos muros. Já disse várias vezes, o México não pagará nenhum muro”, além de desmarcar um encontro com Trump marcado para o próximo dia 31.
Vale lembrar que na fronteira entre os dois países, em quase um terço já existe algum tipo de impedimento: seja uma simples parede, sejam dois muros separados por um estrada vigiada por veículos militares. Trump pretende “fechar” os outros dois terços, aproximadamente 3 mil quilômetros .
Mas não há como ficar impassível diante de uma notícia dessas sem lembrar de outro muro que também gerou muita controvérsia: O Muro de Berlim.
Construído em agosto de 1961, esse muro dividiu a cidade de Berlim em duas: a oriental sob julgo soviético e a ocidental sob domínio de Grã-Bretanha, Estados Unidos e França. Com a derrocada do regime soviético em 1989, a queda do muro de Berlim simbolizou a unificação da Alemanha.
Porém, como todos os muros erguidos, o de Berlim assim como o de Trump, tem a única e exclusiva intenção de separar, de transformar o seu igual em “outro”, demonizá-lo e rebaixá-lo a uma sub-categoria de ser humano. O muro de Trump é apenas a exteriorização de um sentimento cada vez mais crescente mundo afora: a raiz do meus problemas está no outro, no diferente. O problema está no mexicano, no indiano, na mulher, no homossexual, no ateu, no coxinha, no petralha, etc, etc…
Ao invés de erguer muros e propagar o ódio, deveríamos construir caminhos para promover a união e a igualdade.
Abraço a todos vocês!
Cada vez mais as pessoas se dão conta de que não basta discordar do que acontece, mas que é preciso também tomar ações – construir pontes, laços, caminhos para a comunicação, o entendimento, o conhecimento. Isso é o que me deixa esperançosa.
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