Quando ele estava na infância a rua era meio criança. A rua sorria para cada criança como se fosse amiga delas. Nela podia-se brincar sem medo e com a ousadia de lutar, disputar, perder e ganhar sem se machucar profundamente. Porque os machucados que a rua nos davam eram marcas de heroísmo e aventuras de crianças que brincavam de corpo e alma entregues ao chão de barro ou asfalto. Queimada, pique-pega, taco, amarelinha, esconde-esconde, bobinho, cabra-cega entre tantas outras.
Hoje ele já não pode ser criança dessa forma na rua. Se tivesse nascido nesse tempo, teria um computador, videogame, celular e suas aventuras seriam em grande parte simuladas na realidade virtual. Suas aventuras não fazem movimentos de corpo inteiro. As aventuras que hoje se vive mexem os dedos em movimentos repetitivos e pouco criativos. Claro que movimentam o cérebro e tem seus benefícios e atrativos. Não serei tão saudosa a ponto de não ver o que há de bom nas brincadeiras de apartamento.
Mas a rua da infância dele é aquela que permitia-se ser livre e expressar-se com o corpo inteiro, dando um grito sem ninguém achar que esse grito pudesse ser o pavor de um ato violento. A rua era o sol e a lua dos nossos dias e noites. A rua era poesia de criança.
Itanamara, era uma delícia essa outra fase! 😉 Aquele abraço
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booons tempos
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Óootimos tempos! rs
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Lindo Érica Aragão. Texto lúdico, fez- me lembrar da minha infância.
Realmente as brincadeiras virtuais de hoje desenvolvem a inteligência, mas nossas brincadeiras de rua, instigavam a também, e muito! Acertar uma bola de gude na outra e joga- lá no buraco apenas com um peteleco? Precisava de muita perícia e inteligência. A infância na rua ensinava a dividir, unir, liderança, companheirismo, solidariedade, e como o texto diz, os ralados no joelho eram nossos troféus! Que maravilha!
Parabéns!😉
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Rosi, eram tempos em que desenvolvíamos múltiplas inteligência sem precisar de tantos recursos. Bons tempos! rs. Beijão
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Quando eu era criança, lembro-me que eu gostava muito de brincar dessas coisas. Era uma “outra fase”. E eu acho que quando crianças, tínhamos mais diversão. Hoje em dia está diferente mesmo.
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