Dia desses eu peguei uma calça jeans, uma blusa estampada e um e outra peça qualquer para proteger-me do frio. Eu tinha acabado de me mudar e, não estava com tempo, nem paciência, para buscar em meio a bagunça umas peças que combinassem mais ou que fossem mais certinhas (dentro de um padrão que se coloca para nós). Saí meio colorida. Rsrs. Eu estava indo trabalhar e até me deu uma pontinha de preocupação, mas ousei. Afinal, a maneira de se vestir também revela a nossa identidade.
A vestimenta sempre foi em toda a história uma das marcas que revela traços de quem somos, nosso grupo social, cultural… É por isso que criaram uniformes. Eles padronizam e revelam apenas a marca que um grupo ou Instituição quer deixar. O uniforme é para padronizar, a sua roupa não necessariamente.
A C&A lançou uma coleção unissex e que está gerando polêmica. Afinal ainda somos muito presos a estereótipos de gênero. E a moda contribui para isso. Mas como estamos em tempos que as questões de gênero estão em pauta, e a tendência é ampliar as visões, a C&A ousou. Mas convenhamos, não é de hoje que existem peças que são unissex: calça, blazer, camisetas, camisas. Algumas pessoas ainda acreditam que somente mulher pode usar saia, mas na Escócia, por exemplo, os homens usam Kilt que é uma saia à moda deles.
A propaganda da coleção unissex que circula na internet é linda! Com o slogan “Misture, ouse, divirta-se”, os corpos nus correm livres e puros por campos em busca de suas vestimentas, sem pudor, sem hipocrisia. Afinal, nascemos nus e depois as vestimentas e máscaras vão nos moldando. Mas na propaganda a liberdade de escolha é quem domina e não a imposição. Um homem pode escolher um vestido e uma mulher uma calça reta.Claro que sabemos que isso é uma jogada de marketing também, mas o interessante é pensar que vestimos aquilo que nos representa. Representa valores, classe social, cultura, as nossas identidades. Nós não temos uma identidade. Temos múltiplas! Os teóricos e estudiosos dos estudos culturais já comprovaram isso… Nós não temos uma só opção de vestir, temos inúmeras!
Quem quer manter a tradição de gênero, mantenha (não vejo problema nisso) e quem quer ousar e revelar que sua expressão de gênero está além da roupa, ouse!
O importante é ser você! O importante é ser feliz!
PS: Infelizmente em alguns casos, algumas pessoas não têm nenhuma opção para se vestir. 😦
PS2: Você que tem, faça valer seu direito de escolha. Não intimide-se com as pessoas preconceituosas.
E agora… Aquele abraço! Até quarta!
Republicou isso em Seja Mais Poderosae comentado:
Acho que temos que ter nossa própria identidade em nosso estilo. Mais acho muito válido poder pesquisar para nos vertir bem, para não ficar brega.
CurtirCurtir
Se acharmos que está brega, então podemos pesquisar…Se não, que sejamos brega. rs
CurtirCurtido por 1 pessoa
Verdade, concordo com vc. Eu as vezes não sou acostumada com algum tipo de roupa e me acho meio brega kkkk. Então dou uma pesquisada para ver se fica legal em mim. Bjos
CurtirCurtir
Parabéns, esta semana o texto foi profundo, convidativo a nota despirmos de preconceitos.
Realmente a guerra da pseudosantidade x consumismo tem apresentado uma sociedade evoluindo(?) para futilidade.
Cansada de tantas polêmicas tolas, polarizações que só revelam o caráter egoísta das gentes.
CurtirCurtir
Obrigada, Rosi Santos pela sua contribuição e comentário! 😉
CurtirCurtir
Quando adolescente sempre dizia q roupa não definia quem era a pessoa. Sempre achei feio julgar os outros pelas roupas (coisa q eu fazia rs). Hoje leio mais coisas relacionadas a moda e fico cansada de ler o q pode ou não pode. Como é feio impor padrões de beleza, dizer q não pode usar a blusa tal com a calça tal, cada um usa o q acha legal, cria seu estilo , e pronto! Admiro a C&A criar essa linha unissex, afinal cada um usa o q quer né?
CurtirCurtido por 1 pessoa
É isso, Priscila! 😉
CurtirCurtido por 1 pessoa